sábado, 31 de dezembro de 2011

Se eu pudesse desejar algo para mim mesmo

Seja mais razoável
Peça desculpas e pratique o perdão mais vezes a partir de HOJE
Tente entender o ponto de vista do outro lado
Conserve amizades e conheça novas pessoas
Se permita deixar de lado uma ou outra virtude, mas tente reavê-la até que o efeito do álcool termine
Ame, ame muito
Sofra, mas sofra pouco
Trabalhe duro, mas não se esqueça que a sexta feira sempre vem
Se não der para fazer tudo isso, ao menos seja feliz...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Haaaave you met Ted?

Ted Mosby: Architect
"Eu costumava acreditar no destino, sabe?
Ia à uma loja de rosquinhas via uma garota na fila lendo meu romance favorito, assobiando a música que esteve em minha cabeça a semana toda e penso, "Nossa. Talvez seja ela."
Agora penso, "Sei que aquela vadia vai pegar a última rosquinha integral."
Parei de acreditar.
Não de um jeito depressivo, "Vou chorar no meu discurso".
Nem em um jeito que não notei até esta noite.
É que, todo dia, acho que acredito um pouco menos, e um pouco menos.
E isso é uma droga."
- Ted

Quem é você, 2012?

2012 vai chegar cheio de incertezas.

Sério, eu nunca estive tão incerto do que vai acontecer num ano... ano passado, eu comecei sabendo que este ano seria um grande ano... e foi, mas não faço idéia mesmo do que acontecerá ano que vem...

Estou sem expectativas, e não é uma auto-defesa para a frustração, mas sim, uma névoa sobre se vou repetir 2011, se vou decair ou se vou superar.

Tal como em “Ferris Bueller’s Day Off”, eu tirei o Victor Moraes’s Year Off... me dediquei inteiramente a me divertir, aproveitar a vida, curti-la num sentido além-Facebook... talvez eu precise de uma continuação, ou talvez eu me dedique à minha carreira e faça um remake só daqui a uns 3 anos... ainda não sei...

Só sei que essa miopia não está me incomodando... que venha a próxima temporada, sem trailers, sem teasers, sem sequer sinopse...

No mais, “Let the seasons begins...”

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Melhores do ano: Shows Internacionais

Essa lista foi difícil para fazer, eu mudei ela várias vezes... 
Eu poderia ter escrito um texto sobre porque cada um desses shows foi importante, mas vou deixar os videos falarem por si só!

10) Toro Y Moi @ Planeta Terra
Still Sound (o video é do show daqui do Circo, mas essa música foi a melhor do show de SP, infelizmente, não achei videos de lá): 


9) Maroon 5 @ Rock In Rio
She Will Be Loved: 


8) Vampire Weekend @ Circo Voador
Walcott: 


7) The Kills @ Circo Voador
Tape Song: 


6) Muse @ Morumbi
Knights Of Cydonia: 


5) U2 @ Morumbi
Elevation: 


4) The Strokes @ Planeta Terra
Under Control + Hard To Explain: 


3) Paul McCartney @ Engenhão
Hey Jude: 


2) Kings Of Convenience @ Circo Voador
Know-How: 

Rule My World: 


1) Coldplay @ Rock In Rio
Viva La Vida: 

Fix You:

Every Teardrop Is a Waterfal: 

sábado, 24 de dezembro de 2011

calendário

Um dia é só um dia, é o que muitos dizem...
"Eu não ligo para Natal, é só mais um dia..."
"Eu não ligo para aniversário, é só mais um dia..."
"Eu não ligo para o Ano Novo, é só mais um dia..."

Eu me atenho a datas
Para mim, não existe só mais um dia...
Existem dias mais importantes que outros
Para mim, por exemplo, o dia 12 de novembro de 2010 é uma data memorável

Gosto do Natal, comer bem, ganhar presentes e ainda estar com a família
Gosto do meu aniversário, porque é legal ter um dia em que você seja o centro das atenções
Gosto muito do Ano Novo, porque é uma celebração à vida, é como se todos fizéssemos aniversário ao mesmo tempo, só festa
Também gosto do Carnaval, vários dias em casa, onde eu posso sair pra me divertir, se eu quiser, ou posso viajar, ou posso, até mesmo, relaxar em casa...

Enfim, cada dia é um dia...
nenhum dia é só mais um dia...
certas vezes, acontecem coisas boas que vão torná-lo inesquecível,
certas vezes, acontecerão coisas ruins que vão torná-lo inesquecível,
E, vez ou outra, não vai acontecer nada.

Mas na pior das hipóteses, você vai ter vivido esse dia.
Mesmo que vazio.

Eu queria ter pensado num título sem "Feliz Natal"

O ano está acabando, e acho que é muito pertinente escrever sobre as pessoas que passaram mais tempo comigo nesse 2011: O Reino da Co-dependência.
“Afinidade” é a palavra mais falada no confessionário em todas as edições do Big Brother para colocar uma pessoa no paredão... isso tira um pouco da credibilidade do seu significado, entretanto, não existe algo que justifique tão bem essa amizade tão intensa, essa invasão a intimidade alheia recíproca, essa vontade de estar junto toda hora...
No começo a gente falava de música, depois filmes (na época do Oscar), depois um já sabia bem dos gostos dos outros... e então começamos a entrar na vida das pessoas, ir cedendo confiança e se fazendo confiável, se metendo nos problemas, virando e fazendo piada...
As cotidianas piadas internas. Cada momento perdido, era uma piada nova a ser explicada... cada vez que se decidia ir pra casa descansar, era fato que você seria um “MemeBlitz”.
Os problemas também existiram, problemas falados, velados, de relacionamento, de convivência, de má-interpretação... uma cota de broken-hearts      ... e a cada superação parece que a idéia de permanência de vocês na minha vida fica fortalecida.
Eu costumo escrever “Vida Longa ao Reino!”, é um desejo sincero. Quero que essa relação familiar se estenda por muito tempo, muitas e muitas temporadas...
Agora são 01:35 da manhã, do dia 09/12/2011, eu acabei de receber uma mensagem no celular com nada mais que um “de uma das pessoas para quem escrevo este texto.  No iTunes ta tocando ‘Timshel’, do Mumford & Sons, segue um trecho da música para vocês entenderam o que isso significa...

 “But you are not alone in this
And you are not alone in this
As brothers we will stand and we'll hold your hand”

É disso que eu to falando: saber que nunca estou sozinho! Vou parar de escrever por agora, acho que já escrevi o suficiente, a mensagem está passada...

Acho que eu podia ter resumido tudo na seguinte frase: "Que felicidade é só questão de ser, todo mundo já ta sabendo... então, eu só queria complementar que é muito mais fácil SER feliz tendo amigos como vocês."

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Melhores do Ano: Álbuns Nacionais

Eu demorei muito para classificar essa lista... gostei de todos os álbuns, alguns ouvi mais, outros menos, mas de uma coisa eu sei, esse ano foi muito mais fácil escolher o melhor...


16)
15) 
Mopho - Volume 3
Karina Buhr - Longe de Onde
14)  Graveola - Eu preciso de um Liquidificador
13)  Thaís Gulin - ôÔÔôôÔôÔ
12)  China - Moto Contínuo
11)  Apanhador Só - Acústico-Sucateiro
10)  Marisa Monte - O que você quer saber de verdade
9) Maglore - Veroz
8)  Adriana Calcanhotto - Micróbio do Samba
7)  Marcelo Camelo - Toque Dela
6)  Chico - Chico
5)  Lenine - Chão
4)  Mallu Magalhães - Pitanga
3)  Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora
2)  Los Porongas - O Segundo depois do Silêncio
1)  Criolo - Nó na Orelha

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Religião Não Se Discute

Quero deixar uma coisa clara... na minha opinião, não existe assunto indiscutível.
Acho que existem assuntos que devem ser abordados com mais sensibilidade na fala, pois sua opinião pode ofender a do outro. Sim, só a sua opinião pode ofender a de alguém.
Eu quero escrever sobre a minha posição religiosa: Eu não tenho religião e eu não sou ateu. Simples assim. Nada mais, nem nada menos.
Eu tenho meu próprio método para me ligar ao divino, minha preces são feitas a meu modo, meus rituais não dependem de uma igreja e tal. Eu não uso das redes sociais para espalhar minha espiritualidade, isso é algo íntimo demais para isso.
Então, muito me incomodam as pessoas, que usam seus perfis para tentar me converter à sua crença. Eu não quero saber o salmo do dia, tal como não quero fazer oração pra santo nenhum, muito menos me interesso por ficar vendo imagens do Cristo Italiano na minha timeline num photoshop malfeito acompanhado de uma citação aleatória da bíblia.
Eu sou intolerante a isso.
Na mesma linha de raciocínio, não tolero na mesma proporção (ou até mais) o ateísmo. O ateísmo carrega consigo uma arrogância diretamente proporcional a ignorância que geralmente o fanático religioso tem. Fica tentando converter as pessoas da mesma forma para sua descrença. Eu NÃO QUERO ser ateu. Os artifícios de conversão ao ateísmo são os mesmos, uma foto seguida de uma citação aleatória da bíblia que dê o status de "religião é o mal do mundo", respostas bem dogmatizadas prontas e uma necessidade de postar sobre Deus.
Não adianta pagar de vítima, protestar que a religião impõe ou que os seus seguidores são idiotas, falar que sofre bullying dos religiosos por ser ateu... você é tão chato e insuportável virtualmente quanto o missionário de facebook.
Por fim, quero dizer, você não é mais inteligente por ninguém por não acreditar em uma divindade. Ou então, você não é mais virtuoso que eu por ter uma religião. Você só fez uma escolha. E enquanto você respeitar que a minha escolha seja diferente da sua, a gente pode conviver em paz. Na paz de Deus. Ou de Alah. Ou de Goku. Whatever...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Melhores do Ano: Séries

5) Wilfred: Se eu pudesse descrever Wilfred com uma palavra, seria ousada... ou seria genial?! Ninguém está sozinho quando se tem a companhia do cão da vizinha que faz as vezes de ID.
Episódio: 1x10 Isolation

4) Modern Family:
A temporada passada foi um tanto instável, confesso, apesar de ter episódios sensacionais, mas esse começo da 3ª temporada está tão bom, com momentos hilários de Phil e Cam, além de lições de moral bonitinhas. Pelo começo dessa temporada, vale o 4ª lugar.
Episódio: 3x01 Dude Ranch



3) How I Met Your Mother: Esse é o melhor começo de temporada de HIMYM desde sempre. Além de rir com todos os episódios, também vemos um ótimo desenvolvimento de trama, focando nos personagens, suas motivações, seus medos... E também, vale ressaltar que o final da 6ª Temporada foi espetacular, um Season Finale, certamente, legen...
Episódio 6x24 Challenge Accepted

2) Fringe:
O final da 3ª temporada quase explodiu minha cabeça. Tantos ótimos episódios, levando ao Season Finale. E daí a nova linha do tempo, a reformulação, as novas teorias, inúmeras possibilidades, mais perguntas, as atuações primorosas de John Noble. A série que mais me intriga.
Episódio: 3x22 The Day We Died




1) The Walking Dead: 

 A primeira metade da 2ª Temporada de The Walking Dead foi uma coisa de outro mundo. Tão redondinha, trabalhando tão bem seus personagens. E mesmo com uma trama-base meio maçante, as sub-tramas foram mais que satisfatórias. E o FallSeason Finale?! O que foi aquilo?! Se eu disser que não esperava o que aconteceu, seria mentira, mas mesmo assim... as cenas do desfecho da série foram ótimas, sutis e abriram um novo arco para a série.
Episódio: 2x07 Pretty Much Dead Already

Menção honrosa a House.

P.S.: Vale ressaltar que estou contando todos episódios de série que assisti que foram lançados esse ano. Desde o retorno da Fall Season de 2010 até o hiatus da Fall Season de 2011.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Awesome?! Never will be!

Eu conheço algumas pessoas que querem ser mais que as outras...
E é meio normal isso, no fundo você quer ser o melhor em pelo menos alguma coisa...
Mas tem gente que não tem noção e sai bradando que é o máximo para todos. E o bizarro é: A pessoa acredita nisso. Alias, o mais bizarro é ter gente que acredita nisso piamente.
E no fundo, a pessoa é só uma pessoa convincente, que tem um monte de defeitos e problemas.
Mas, mesmo assim, ela ainda acredita que seus problemas e defeitos são melhores que os dos outros.


Se tem uma coisa que eu aprendi ao longo dos meus 22 anos de vida, é que quem é muito bom em alguma coisa, não sai bradando isso ao mundo...

domingo, 20 de novembro de 2011

O Efeito Borboleta e o Reino

Hoje eu estive pensando “e se eu tivesse ido assistir Belle and Sebastian?”
Eu conheceria as pessoas que conheço? Teria ido na metade dos eventos que fui?  Ou eu estaria indo me reunir nos fins de semana para jogar RPG e comer pizza engordurada como foi na minha adolescência?
Muito ‘efeito borboleta’, né?
Bom, vale ressaltar que eu gosto MUITO de Belle and Sebastian... eu só não fui no show deles porque algo me disse para ir para a Fundição naquele dia e não ao Circo...
Eu perdi um puta show do B&S, sei disso, mas vi um ótimo show do Móveis... mas, sinceramente vos digo, o melhor daquela noite não foi o show do Móveis que me deixou dolorido pelo resto da noite...  o melhor foi a interação com gente desconhecida (apesar de eu conhecer parte dessa gente desconhecida através da internet).
E o que eu mais queria aquele dia era eternizar o que eu tinha conquistado durante aquelas horas... manter contato com aquelas pessoas... e conforme a noite passava, mais triste eu ia ficando porque uma parte de mim se negava a acreditar que aquelas pessoas iam fazer parte do meu cotidiano... no máximo eu acreditava que trocaria uns tweets, ganharia uns RTs, uns convites para alguns eventos aleatórios no facebook, umas curtições e tal...
Nunca fiquei tão feliz por me enganar...
Aquele dia, nasceu meu alter-ego. O Moraes... que era mais sociável e mais engraçado que o Victor...
Desde então, conheci muitas pessoas ótimas, algumas se agregaram a minha vida, outras não... fui a vários shows... tive inúmeros brindes de vodka misturada com alguma coisa... ótimos amanheceres da Pedra do Arpoador...
Certas vezes, perder algo bom é necessário para se ter algo melhor... e vou te contar, o que eu tenho hoje, eu quero para sempre...
Enfim, na falta de palavras para descrever o que eu sinto por vocês, as músicas falam por si só: “Só vim aqui pra agradecer o que a gente dividiu” já que “Só enquanto eu respirar eu vou lembrar de vocês” por isso “Não tema, esse é o Reino da Alegria!”

Agora, são 06:14 do dia 20/11/2011... o Sol já deve ter nascido lindamente no Arpoador... então, a todos um BOM DIA, preciso dormir!

Vida longa ao Reino!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

19-29

Estamos na época em que temos que começar a construir nossas vidas... 
Para muitos, isso significa abrir mão de muita coisa em prol da carreira: entra na faculdade, estuda muito, pega o diploma, começa a trabalhar, se esforça para ser o melhor e conseguir mais dinheiro ou estabilidade. 
Para outros, essa é a fase da construção de família, onde o objetivo é conciliar a carreira e o estudo com a pessoa amada (ou com a busca por essa pessoa), ter filhos, começar a planejar a casa própria, e tal...
Para mim, essa fase tem uma coisa mais importante que a carreira e a família: essa é a época onde temos que viver. E como viver, entendam aproveitar a vida (no melhor estilo carpe diem), conciliando a carreira e construção de família ao redor disso e não o contrário. Temos que conhecer pessoas, beber, viajar, fazer besteiras, enfim... ter histórias para contar para nossos filhos.
Se formos podres de rico e não tivermos pelo menos uma história para contar, nós seremos pais desinteressantes ou pessoas bem-sucedidas tendentes à depressão...
Então, se eu pudesse dar um conselho seria esse: invistam nas histórias para contar...

Ele - parte 02

Ele está nostálgico. Ele lembra do passado. Das pessoas, dos hobbies, das suas opiniões, do seu socialismo de ensino médio, da sua vontade de mudar o mundo. Então, como se desligassem um interruptor, seu pensamento volta para o presente. Ele percebe o quanto mudou. O quanto seus objetivos mudaram. Suas opiniões agora estão maltratadas por uma surra de vida real, seu socialismo está nos exercícios dos livros de História e Geografia da escola. Ele gosta de beber Coca Cola, tomar um Mocha no Starbucks, comer um sanduíche no Burger King, assistir blockbusters no cinema... Ele vive no capitalismo. E ele meio que gosta disso. E isso, faz toda diferença na hora de ver quem ele era e que ele é hoje. Ele, obviamente, não gosta da frieza do sistema, nem da desigualdade que ele gera, mas ele cansou de falar que odeia o conforto e o entretenimento que o sistema dá. Soava hipócrita demais. Ele ainda acredita num mundo melhor. Ele quer um mundo melhor. Ele só não se faz de engajado, de ativista. Ele simplesmente se contentou em fazer a sua parte. Mudar o mundo dentro do seu alcance. Com educação e gentileza. Se o garoto que ele foi o visse hoje, talvez se decepcionasse. Mas ele não liga... o tempo daquele garoto já passou.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ele - parte 01

Ele observa as pessoas na rua de dentro do ônibus lotado. Ele escolheu seu lugar com cuidado: no meio do ônibus, afastado das cadeiras preferenciais para idosos e perto da janela de forma que ele pode controlar a intensidade de vento que entra. Ele observa as pessoas com seu olhar mais crítico. Esse olhar não tem um alvo preciso, ele critica por criticar e para si mesmo. Ele não quer que o mundo mude, o mundo pode ficar do jeito que está, ele só quer ter o direito de poder não gostar dele. Ele tem esse tom meio-“estou aqui mas não sou daqui”. Ele sou eu. Mas eu pertenço a esse texto da mesma forma que ele pertence àquele ônibus lotado: um olhar externo vindo de dentro. 


P.S.: Talvez não exista parte 2.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pobre Edgar

Essa é a história de uma senhora chamada Lis que nasceu à exatos 84 anos e um dia, ela acredita que estão tentando interná-la no zoológico e, por isso, pegou um ônibus em direção ao Centro. Um breve comentário sobre a vida de Lis: ela é viúva de três casamentos, possui quatro filhos, os gêmeos do primeiro casamento e os outros dois do terceiro, o segundo marido era infértil e rico, e dois meses depois do casamento, era morto... muito conveniente...
Então, Lis pegou o ônibus, mas antes, naquela semana, havia ocorrido uma série de acontecimentos estranhos.  
Para começar, os gêmeos chegaram com suas famílias para passar a semana em sua casa, seus netos estavam com o dobro do tamanho que tinham da última vez que os vira (e fazia só duas semanas desde a última viagem à Porto Alegre).
Depois, seu filho caçula, que era advogado, trouxe uma série de documentos para Lis assinar.
E por fim, sua filha do meio, apareceu no almoço de sábado recomendando lugares para Lis morar na sua idade sem a solidão do dia-a-dia (mas quem falou que Lis era sozinha?).  Depois do almoço, começaram a passar videos sobre a natureza e a vida selvagem . O marido de Isabel era biólogo e adorava ensinar sobre a natureza para as crianças. Mas dessa vez, Lis sabia que os vídeos eram para ela.
E naquela mesma noite, ela contou a Edgar (seu amigo de todas as horas que morava dentro da sua penúltima gaveta). Edgar falou que Lis estava ficando louca, que sua família não queria interná-la num zoológico e que não fazia o menor sentido pensar isso... Mas, por fim, Lis foi ríspida com Edgar dizendo que ele de nada sabia do mundo morando num gaveteiro. E Edgar, resignado, calou-se.
Na hora do café da manhã, Lis se levantou cedo, como de costume e percebeu uma certa agitação na casa. E quando viu, todos seus filhos estavam conversando no sofá da sala. Ela não conseguiu ser discreta o suficiente para ouvir sobre o que falavam e seus filhos a viram, mudando de assunto com a cara mais lavada do mundo. “Vai se arrumar, mamãe! Hoje aproveitaremos o dia com a família no zoológico!”, disseram eles...
E voltamos ao início de nossa história...
Lis pegou um ônibus em direção ao Centro. Ela nunca mais voltou pra casa. Seus filhos nunca mais a viram. Nem Edgar, que até hoje mora num gaveteiro e nada sabe sobre o mundo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Viva la Vida, Death and All His Friends

Então, essa sexta feira recebi à tarde a triste notícia do falecimento meu avô.
Primeiro, vieram o choque e a tristeza. Entretanto, não tive tempo para processar a informação da maneira adequada, estava no trabalho e me dediquei inteiramente a isso.
Quando sai do trabalho, achei que era melhor me distrair do que voltar para casa no clima tenso, então encontrei uns amigos, desestressei do trabalho e tomei um Mocha Frappuccino.
Ok, até aí, não tinha parado para pensar na morte do meu avô. Podem me chamar de insensível, mas minha defesa é clara: Quando o assunto é o luto, não se pode exigir um comportamento de ninguém.
Então, quando fiquei só no ponto esperando ônibus eu pensei na morte. Mas pensei nela como um todo. É assim que minha cabeça funciona, eu penso no geral ao invés de pensar no específico.
E pensei sobre a morte... sobre o porque dela ser tão triste, pensei nas pessoas que amo, pensei nas "últimas palavras", enviei mensagens para vários amigos, até que cheguei a uma conclusão naquele ponto de ônibus: “A pior coisa da morte é pensar no que a pessoa que se foi vai deixar de ver.”
Eu fui dormir pensando tristemente nisso: Ele não vai ver os netos dele se formando, não vai ver a minha priminha falando as inteligentices dela, não vai ver a sua bisneta recém nascida crescendo...
Daí, eu acordei no dia do enterro e no momento em que abri os olhos, meu pensamento foi alegre. Eu pensei no outro lado, meu avô pegou suas bisnetas no colo, viu seus netos crescendo, seus filhos construindo famílias, sempre no caminho do bem, ficou com a mulher que amou até o fim, não perdeu a lucidez, viveu o suficiente para saber que fez a sua parte.
Esse foi o pensamento que reconfortou minha alma.
Ele pode ter ido para um lugar melhor, ou pode voltar para outra vida, ou pode ter fechado o seu ciclo. Não entro nesse mérito. Só sei que aqui na Terra, ele vai deixar saudades, mas também vai deixar história!
A moral que tirei pra mim disso foi: Trate de se certificar que haverão muitas histórias para manter sua memória viva quando você partir e muitas pessoas para contá-las.
As histórias são a forma que as pessoas encontraram de se eternizar através de palavras...” Acho que essa frase já existe, alguém deve ter escrito pois ela surgiu muito clara na minha mente...
Sejamos conscientes que temos que ter carreira, ter responsabilidade, ter família (de sangue, de amor e de amizade), mas que não podemos esquecer-nos de termos nossas vidas. Temos que viver, por que no fim, só restam as fotos e as histórias...

P.S.: Vô Júlio, vai lá com os anjos, fique tranquilo que seu ficará para sempre por aqui e guarde por nós daí do alto! E mande um abraço para Vô Chico e Vó Lio! E até um dia!

domingo, 18 de setembro de 2011

Jovens velhos?


Parece que ao mesmo tempo, várias pessoas caíram na real que viraram adultos e começaram a competir quem teve a melhor infância com as crianças de hoje...
Pagar de saudosista pela internet é fácil... quem bate no peito falando por aí da infância perfeita sem celulares, sem internet, hoje vive a vida de adulto tão preso à tecnologia que faz questão de divulgar esse tal saudosismo em meio às redes sociais.
O saudosista de facebook ao invés de dar um pião, dá um gameboy (gameboy é da minha época, agora é o Nintendo DS) para o filho ou sobrinho ou afilhado; ao invés de incentivar a criança a leitura, incentiva a rebolar até o chão; ao invés de ensinar as 'palavras mágicas' (bom dia, por favor, obrigado...), ensina a falar palavrão...
As mesmas pessoas que viveram essa infância tenra que todos lembram e veneram deturparam a infância de hoje em dia, destruindo a inocência e trocando coisas de verdade por coisas virtuais.
Se você teve uma boa infância... meus parabéns, eu também tive. Eu aposto como a "geração Ben 10" vai chegar daqui a 10 anos e falar que na infância deles que era bom...
Relembrar o passado é muito bom e divertido... se quer falar do passado, procure um velho amigo e converse com ele sobre as coisas que viveram juntos, os micos que pagaram, os hobbys que já abandonaram a muito tempo... E de preferência, encontre pessoalmente com a pessoa como era "nos velhos tempos"... o que não pode é todo mundo lembrar da própria infância via facebook sem nenhum propósito.
Maneiro que você colecionava tazzo, eu também colecionava, tinha até o mastertazzo, mas não fico aí divulgando isso como a melhor coisa do mundo...
Só pra constar, minha infância foi muito boa.

domingo, 4 de setembro de 2011

Desculpas pela mudança

O quanto você muda a cada ano?
E a cada mês?
E a cada semana?
E a cada dia?
E a cada hora?
E a cada minuto?

Nos últimos doze meses, eu me despedi de muita coisa. Abri mão de uma vida. Pode parecer exagero falar assim, mas foi exatamente o que aconteceu. Adquiri nos hobbies, amigos e hábitos, em compensação acabei por enfraquecer amizades e deixar de lado antigos hábitos.

Só queria pedir desculpas a todos os amigos que deixei no processo, mas era inevitável. Tem coisas que não se conciliam. Sei que hoje minha presença não deve nem mais fazer falta para muita gente, mas é assim que as coisas andam. Me entristece saber que devo ter decepcionado algumas pessoas, mas não era minha intenção.

O que fiz não foi por mal, foi por mim.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para quem precisa...

Criar expectativas para uma pessoa é normal...
Se frustrar quando essa pessoas se mostra abaixo das suas expectativas, é normal...
Se decepcionar e prometer não acreditar mais em pessoas perfeitas, é normal...
Encontrar uma outra pessoa, depositar novamente expectativas, sabendo que pode se frustrar e se decepcionar, é burrice, mas é normal também.
Ora ou outra, você vai ser a pessoa perfeita de alguém, vai decepcionar essa pessoa e fazer ela duvidar de muita coisa...
É assim que a vida funciona...
Mais um dia, você também vai achar alguém que não é perfeito, e ao contrário de te decepcionar, só vai te surpreender... Mas isso também não quer dizer que essa pessoa é a pessoa da sua vida...

Ano: 2011 / Banda: PJ Harvey


Segue aí a música que nomeia o novo álbum da PJ Harvey: Let England Shake!

Desenterrando do meu tumblr: O Melhor Tormento

“Você é a imagem
que existe
entre o piscar de olhos
e os devaneios
que os mantêm
sem piscar

Abertos ou fechados,
meus olhos,
só querem
ver
você

Você é o pensamento
que fortalece
minha insônia
e o sonho
que precede
meus pesadelos…

No cotidiano ou no onírico,
minha mente
só quer
ter
você!”

Desenterrando meu tumblr: O que restará?

“Passam-se os dias e as noites
Passam-se os minutos e os anos
Passa-se nós
E o que restará?

Rostos felizes
pouco sinceros
nas fotografias

Textos hipócritas
sobre amores
não vividos

Lembranças reais
nos coraçãos
dos seus amigos

Até que eles
também passem…”

Sem Título.txt

"As pessoas, para mostrar o quão poderoso é o ódio, sempre dizem que ele é um amor ao contrário. Sei não… é muito mais fácil odiar do que é amar. Acho que na verdade, o amor é um ódio inverso."

Abuso da licença poética para escrever sobre o que eu não sou capaz de ser


Não quero sentir por você nada mais do que apreço.
Vou te dar meu telefone. Mas só ligue para coisas importantes.
Amor não é importante, deixo logo claro. 
Passaremos a tarde aproveitando uma praia
E eu não pararei de olhar para as mulheres mais curvilíneas que você.
Quero te levar para jantar, beijar sua boca, ouvir sua voz…
Mas não farei nenhum esforço para escutar palavras ou problemas
E nem ao menos pagarei seu jantar.
A conta do motel, pode deixar que eu pago.
A camisinha também pode ser por minha conta.
Mas, se possível, ajuda na gasolina.
Vou te deixar na porta de casa. Me diga onde você mora. 
Dependendo de onde seja, ainda da tempo de passar na casa da outra.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sobre o Amor (por Bernard Cornwell)

Em um livro chamado, O Inimigo de Deus, segundo livro da trilogia Crônicas de Artur, escrita por Bernard Cornwell, encontrei uma passagem que representa de forma muito pura o Amor!
É um livro sobre guerreiros e guerras, mas também tem espaço para o Amor!
Aos interessados, procurem essa trilogia. Ela é muito boa!
Vou transcrever integralmente o trecho.

"- O amor?

Olhei-a e disse a mim mesmo que não estava apaixonado por ela, e que seu broche era um talismã apanhado aleatoriamente. Disse a mim mesmo que ela era uma princesa e eu o filho de uma escrava.

- Sim, senhora.

- Você entende essa loucura?

Eu não tinha consciência de coisa alguma na sala, exceto Ceinwyn. A princesa Helledd, o príncipe adormecido, Galahad, as tias, a harpista, nenhum deles existia pra mim, assim como os tecidos pendurados na paredes ou os suportes de bronze das lamparinas. Só tinha consciência dos olhos grandes e tristes de Ceinwyn e de meu coração batendo.

- Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém - ouvi-me dizendo - e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz da pessoa pode fazer seu coração falhar, e que a companhia dessa pessoa é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará sua alma solitária, desolada e perdida.

Ela ficou quieta durante um tempo, apenas me olhando com uma expressão ligeiramente perplexa.

- Isso já lhe aconteceu, lorde Derfel? - perguntou enfim.

Hesitei. Sabia quais eram as palavras que minha alma queria dizer, e sabia as palavras que minha posição deveria me fazer dizer, mas então disse a mim mesmo que um guerreiro não florescia com a timidez, e deixei que a alma governasse minha língua.

- Nunca aconteceu até este momento, senhora. - Foi necessário mais coragem pra fazer essa declaração do que eu jamais necessitara para romper uma parede de escudos.

Ela imediatamente olhou para o outro lado e se sentou empertigada. Eu me xinguei por tê-la ofendido com minha estúpida falta de jeito. Permaneci recostado no divã, com o rosto vermelho e a alma doendo de embaraço enquanto Ceinwyn aplaudia a harpista jogando algumas moedas de prata no tapete ao lado do instrumento. Ela pediu que fosse tocada a Canção de Thiannon.

- Pensei que você não estava escutando, Ceinwyn - provocou uma das tias.

- Estou, Tonwyn, estou, e estou sentindo grande prazer em tudo que ouço. - disse Ceinwyn e de súbito me senti como um homem se sente quando uma parede de escudos desmorona. Só que não ousei confiar nas palavras. Queria; não ousava. O amor é loucura, balançando do êxtase para o desespero num segundo insano."

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ano: 2011/ Banda: The Decemberists


A banda que escolhi essa semana é The Decemberists, o álbum novo deles é o The King Is Dead e essa faixa se chama All Arise!

Toca Móveis Aí!

Se um dia alguém puder me entender... 
Minha intuição não me engana
tudo que parece ser eu, 
é um bocado de alguém. 


A gente se deu tão bem que
eu trago meus sonhos
pra somar aos seus.


Nada existe sem porquê, portanto,
só vim aqui pra agradecer 
o que a gente dividiu. 


Seja lá onde for, 
deixa o Sol te levar, 
tira o lar do lugar, 
vem pra cá
E perca peso agora!

domingo, 10 de julho de 2011

Ano: 2011 / Banda: Yuck

Eu vou tentar fazer uma postagem semanal com músicas de álbuns que estão me agradando neste 2011. A fim de recomendação apenas. Não farei resenha sobre o álbum ou a banda, tô sem saco pra isso.
Começo com Get Away, da banda Yuck, que lançou o álbum homônimo no primeiro semestre deste ano!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Que Ninguém Quer Falar Para Não Perder a Piada

Era uma vez uma princesa que vivia num mundo lindo e cheio de vazio. O pouco que existia no seu mundo a deixava incompleta. Até que num belo dia, a princesa foi ao circo! Ela ficou encantada com tudo que viu, se sentiu parte de algo.
Ela se enturmou com uma trupe de palhaços, ficando amiga de todos. Ela gostou tanto deles que chorou de saudade na sua carruagem enquanto passeava pelo seu reino.
A princesa ficou decidida a reencontrar seus novos amigos queridos para falar de seu reino ou da quantidade de cômodos de seu castelo, confessar segredos e jurar amor eterno.
Em pouco tempo, ela os encontrou. E falou de seu reino, da quantidade de cômodos de seu castelo, confessou segredos e jurou amor eterno.
Acontece que os palhaços estavam muito bem no seu circo, com histórias sobre domadores de feras, mágicos ilusionistas e trapezistas. Não havia interesse nos assuntos do reino. Não havia interesse nos segredos contados. Não havia interesse nas juras de amor. Na verdade, para os palhaços, o que interessava era somente fazer piada. E foi isso que a princesa se tornou. Uma piada.
A princesa continuou a falar de seu reino ou da quantidade de cômodos de seu castelo, confessar segredos e jurar amor eterno. Quanto mais ela se repetia, mais a piada era contada. Até piada foi se tornando mais fora de controle. Mesmo as pessoas que não a entendiam, a contavam. E todos riam. E riam cada vez mais alto.
O triste dessa história é que a princesa não percebeu que tinha virado uma piada. Ou pior, se percebeu, ficou contente em ser piada só para estar no centro das atenções.
Talvez a princesa só precise perceber que os palhaços não querem saber de seu castelo ou de seus segredos para poder pintar seu nariz de vermelho. Talvez seja só ela parar de falar tanto de seu próprio mundo e passar a viver no mundo de todos.
E a verdade, é que na história real não existem princesas, reinos, nem circos. Somente uma menina que se encantou demais e virou piada por um bando de palhaços.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pra que mergulhar de cabeça quando se pode pular de barriga?

 Então, a pergunta-título faz referência ao final de semana que passei junto com os raruxos, ou melhor, com meus amigos! Eu poderia divagar sobre quão legal foi e escrever um texto mega fofo, mas não é sobre isso que quero falar.

Eu quero falar sobre:

Por mais que você tente, você acaba criando conceitos sobre algumas pessoas antes de conhecê-la. Você vai vendo sobre o que a pessoa escreve na internet, vai vendo a opinião de seus amigos sobre ela, vai tomando primeiras impressões como impressões definitivas e acaba montando uma opinião sobre alguém, sem ao menos se dignar a conhecer a pessoa.
Quantas pessoas você deixou de conhecer por ter uma primeira impressão não muito boa? Quantas vezes você deixou as opiniões alheias ditarem a sua opinião?
Eu já fiz isso. Várias vezes. É um erro. Eu cometo. Muitos cometem.
Mas isso é fruto de um excesso de racionalidade... Você confia no seu julgamento e no julgamento de quem você gosta, se esquece de simplesmente abstraí-los e formar uma opinião própria.
Tem momentos em que eu decido deixar toda essa racionalidade e ir fundo para conhecer as pessoas, esquecendo os pré-julgamentos. E sempre que faço isso, me divirto muito e conheço novos amigos. Até meu grupo de amigos mais próximos sofreu com um pré-julgamento meu.
Eu não quero deixar que um pré-julgamento sobre mim, impeça alguém de se aproximar de mim. Eu quero é me divertir com vários tipos de pessoa. Sem preconceitos. Só diversão.
O mergulho de cabeça é seguir o que você pensa, e nem sempre o que eu penso me aproxima das pessoas... por isso, pular de barriga é mais legal! Você cai todo errado, mas vai de coração!

Posso ter ficado repetitivo. Mas eu não ligo. Se você curtiu, comente! Se não curtiu, comente também.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

:Turn off the Repeat

No começo desse ano, eu fui a um show absurdamente bom. O show era do Marcelo Jeneci, lançamento do álbum, em resumo, foi épico, facilmente será o melhor do ano. Eu já tinha ouvido o álbum antes do show, mas depois dele, Feito Pra Acabar virou uma constante na minha playlist.
Acontece que, eu ouvi tanto, que as músicas caíram na rotina. Elas passavam no shuffle do meu player sem me chamar atenção. Eu até as cantava como numa reação automática. Então eu decidi parar. Tirei tudo que estava se repetindo na minha playlist: Jeneci, Móveis, Mombojó, Tulipa, Los Hermanos, Foo Figthers, Coldplay, Beatles... e comecei a ouvir bandas ou álbuns novos: Rômulo Fróes, Mumford & Sons, Fleet Foxes...
E hoje, ouvi Felicidade do Jeneci novamente. E foi como ouvi-la da primeira vez. A beleza e a sutileza da voz da Laurinha Lavieri ao refrão. A letra linda, cheia de verdade, que virou um mantra entre meus amigos. Tudo isso me deixou novamente comovido e feliz como nas primeiras audições.
Não permitam que seus ouvidos deixem uma música cair na rotina. Não deixem a mesma música repetir muito na sua vida. Às vezes, na vida nós nos repetimos em situações ou em pessoas, e isso tira um pouco da magia das coisas, tal como na música. Precisamos parar certas vezes de nos repetir. A rotina faz com que coisas lindas passem sem que sejam notadas. Vamos parar quando tivermos que parar. Dar o tempo que for necessário. Para então, recuperarmos a magia. Tanto nas músicas quanto na vida.

sábado, 18 de junho de 2011

Espetáculo

Há não muito tempo atrás, eu só saía se tivesse companhia para sair, e como meus amigos tinham gostos bem diversos dos meus no quesito música, eu quase nunca fazia o que eu queria... assistir shows.

Então, eu coloquei na minha cabeça que eu estava perdendo tempo eu fui curtir um show sozinho, afinal, o que me motivava era a música, a banda!

O primeiro show em que fui sozinho foi o d’O Teatro Mágico, em julho de 2010... e foi o único!

Só sei de uma coisa, eu estava assustado! Eu comecei a falar um monte de besteiras e gritar piadinhas, vesti um personagem... apesar da infamidade, deu certo! Por causa do medo, eu me tornei um amigo instantâneo de um monte de gente, pedia o twitter das pessoas como se pergunta o nome... Para se ter ideia, eu fui sozinho e voltei de carona, com um cara gente boa com quem, hoje, só falo via facebook.

E então assisti ao show! “Estupendo!”, “Fantástico!”, “Genial”, entre outros adjetivos... fiquei embasbacado com a performance da banda (recomendo muito um show do Teatro Mágico) e fui embora.

Passaram-se algumas semanas, e eu fui a dois shows do Móveis Coloniais de Acaju... um eu fui acompanhado com duas amigas muito queridas e no outro com um pessoal com quem marquei encontro pela internet... o show foi igualmente absurdo (talvez um pouco mais)! Curti muito! Só que, no segundo show, fui apresentado para umas certas meninas e encontrei um cara que tinha estudado comigo na faculdade e eu não fazia ideia que ele curtia a banda também, mas whatever... esse não é o ponto... saí desse show conhecendo algumas pessoas a mais...

Então, meses depois, fui à um festival com Móveis e Mombojó, só que aí, eu já sabia quem eram as certas meninas, meu colega de faculdade, o pessoal que tinha ido para Niterói comigo e os conheci melhor! E também encontrei uma amiga que tinha estudado comigo no Ensino Médio! Saí desse show com o dobro de conhecido... só que aí, aconteceu algo diferente... eu parei de sentir necessidade de procurar pessoas novas. Eu me senti... confortável com as pessoas que tinha acabado de conhecer. E marquei uma viagem para São Paulo para o mês seguinte!

E nesse meio tempo, mais shows com esse pessoal que tinha conhecido nesse último evento!

Na viagem para São Paulo, consolidei a amizade com uma das pessoas que conheci no show do Teatro Mágico, com as pessoas que conheci no show do Móveis e ainda conheci mais gente... uma gente rara... que depois de um tempo eu descobri que me conheciam dos gritos infames do show de julho... aí eu pensei, “Pronto! Acho que finalmente consegui fechar um grupo legal de amigos...” Me enganei feio, que bom!

Depois disso, mais shows e começaram outros eventos! O primeiro luau, as idas ao cinemas, o primeiro nascer do Sol juntos e depois dos primeiros, vieram os segundos terceiros... e assim, veio a frequência.

Passou Natal, passou Reveillon, passaram pizzas, passaram aniversários, passaram piadas internas, passaram viradões de noite, passou o Carnaval, passou U2, passou um Beatle vivo... e a amizade estava aí, mais forte do que nunca, consolidada como um reino! Aliás, tudo já passou de amizade para amor faz um tempo já!

E agora, em junho de 2011, prestes a completar um ano dessa nova vida, eu fui a outro festival com shows do Teatro Mágico, da Banda Tereza, da Banda Gloom e da Maglore e conheci mais pessoas, nem todas pessoas que conheço são “castelos do meu reino”, mas cada uma tem sua importância!

Por fim, chego a uma conclusão: os shows já não são a mesma coisa! Meu motivo de ir a um show mudou... o palco deixou de ser o centro das atenções... eu só fico olhando ao redor e me vejo cercado de pessoas fantásticas, cantando na mesma sintonia, se abraçando na mesma felicidade... a música como mera celebração da amizade... para mim, esse é o verdadeiro espetáculo!

domingo, 24 de abril de 2011

Adele - Last Night (The Strokes Cover) [HQ]


Adele é meu vício musical da semana... Eu já conhecia "Chasing Pavements", que foi o single do primeiro álbum dela, mas não tinha me dignado a baixar e ouvir o álbum todo...
Essa semana baixei os dois álbuns e me apaixonei!
Recomendo para quem curte vocal feminino!

Fica aí um cover dela de uma banda que eu gosto só um pouco: The Strokes!



terça-feira, 19 de abril de 2011

It's not lupus, it's blues



  1. 'Let Them Talk' é o álbum do premiado artista Hugh Laurie, muito conhecido por interpretar o pai do Stuart Little e o Jasper em 101 Dálmatas (e também aquele médico chato daquela série de TV). 


    Em síntese, Hugh Laurie é um artista completo. Eternizado como o gênio anti-social Dr. House, já trabalhou com produção, roteiro, direção, além de ter escrito um best-seller entitulado 'O Vendedor de Armas'. Agora, o ator engata como músico, com um álbum sensacional de blues que vale a pena conferir.