segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Viva la Vida, Death and All His Friends

Então, essa sexta feira recebi à tarde a triste notícia do falecimento meu avô.
Primeiro, vieram o choque e a tristeza. Entretanto, não tive tempo para processar a informação da maneira adequada, estava no trabalho e me dediquei inteiramente a isso.
Quando sai do trabalho, achei que era melhor me distrair do que voltar para casa no clima tenso, então encontrei uns amigos, desestressei do trabalho e tomei um Mocha Frappuccino.
Ok, até aí, não tinha parado para pensar na morte do meu avô. Podem me chamar de insensível, mas minha defesa é clara: Quando o assunto é o luto, não se pode exigir um comportamento de ninguém.
Então, quando fiquei só no ponto esperando ônibus eu pensei na morte. Mas pensei nela como um todo. É assim que minha cabeça funciona, eu penso no geral ao invés de pensar no específico.
E pensei sobre a morte... sobre o porque dela ser tão triste, pensei nas pessoas que amo, pensei nas "últimas palavras", enviei mensagens para vários amigos, até que cheguei a uma conclusão naquele ponto de ônibus: “A pior coisa da morte é pensar no que a pessoa que se foi vai deixar de ver.”
Eu fui dormir pensando tristemente nisso: Ele não vai ver os netos dele se formando, não vai ver a minha priminha falando as inteligentices dela, não vai ver a sua bisneta recém nascida crescendo...
Daí, eu acordei no dia do enterro e no momento em que abri os olhos, meu pensamento foi alegre. Eu pensei no outro lado, meu avô pegou suas bisnetas no colo, viu seus netos crescendo, seus filhos construindo famílias, sempre no caminho do bem, ficou com a mulher que amou até o fim, não perdeu a lucidez, viveu o suficiente para saber que fez a sua parte.
Esse foi o pensamento que reconfortou minha alma.
Ele pode ter ido para um lugar melhor, ou pode voltar para outra vida, ou pode ter fechado o seu ciclo. Não entro nesse mérito. Só sei que aqui na Terra, ele vai deixar saudades, mas também vai deixar história!
A moral que tirei pra mim disso foi: Trate de se certificar que haverão muitas histórias para manter sua memória viva quando você partir e muitas pessoas para contá-las.
As histórias são a forma que as pessoas encontraram de se eternizar através de palavras...” Acho que essa frase já existe, alguém deve ter escrito pois ela surgiu muito clara na minha mente...
Sejamos conscientes que temos que ter carreira, ter responsabilidade, ter família (de sangue, de amor e de amizade), mas que não podemos esquecer-nos de termos nossas vidas. Temos que viver, por que no fim, só restam as fotos e as histórias...

P.S.: Vô Júlio, vai lá com os anjos, fique tranquilo que seu ficará para sempre por aqui e guarde por nós daí do alto! E mande um abraço para Vô Chico e Vó Lio! E até um dia!

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