sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para quem precisa...

Criar expectativas para uma pessoa é normal...
Se frustrar quando essa pessoas se mostra abaixo das suas expectativas, é normal...
Se decepcionar e prometer não acreditar mais em pessoas perfeitas, é normal...
Encontrar uma outra pessoa, depositar novamente expectativas, sabendo que pode se frustrar e se decepcionar, é burrice, mas é normal também.
Ora ou outra, você vai ser a pessoa perfeita de alguém, vai decepcionar essa pessoa e fazer ela duvidar de muita coisa...
É assim que a vida funciona...
Mais um dia, você também vai achar alguém que não é perfeito, e ao contrário de te decepcionar, só vai te surpreender... Mas isso também não quer dizer que essa pessoa é a pessoa da sua vida...

Ano: 2011 / Banda: PJ Harvey


Segue aí a música que nomeia o novo álbum da PJ Harvey: Let England Shake!

Desenterrando do meu tumblr: O Melhor Tormento

“Você é a imagem
que existe
entre o piscar de olhos
e os devaneios
que os mantêm
sem piscar

Abertos ou fechados,
meus olhos,
só querem
ver
você

Você é o pensamento
que fortalece
minha insônia
e o sonho
que precede
meus pesadelos…

No cotidiano ou no onírico,
minha mente
só quer
ter
você!”

Desenterrando meu tumblr: O que restará?

“Passam-se os dias e as noites
Passam-se os minutos e os anos
Passa-se nós
E o que restará?

Rostos felizes
pouco sinceros
nas fotografias

Textos hipócritas
sobre amores
não vividos

Lembranças reais
nos coraçãos
dos seus amigos

Até que eles
também passem…”

Sem Título.txt

"As pessoas, para mostrar o quão poderoso é o ódio, sempre dizem que ele é um amor ao contrário. Sei não… é muito mais fácil odiar do que é amar. Acho que na verdade, o amor é um ódio inverso."

Abuso da licença poética para escrever sobre o que eu não sou capaz de ser


Não quero sentir por você nada mais do que apreço.
Vou te dar meu telefone. Mas só ligue para coisas importantes.
Amor não é importante, deixo logo claro. 
Passaremos a tarde aproveitando uma praia
E eu não pararei de olhar para as mulheres mais curvilíneas que você.
Quero te levar para jantar, beijar sua boca, ouvir sua voz…
Mas não farei nenhum esforço para escutar palavras ou problemas
E nem ao menos pagarei seu jantar.
A conta do motel, pode deixar que eu pago.
A camisinha também pode ser por minha conta.
Mas, se possível, ajuda na gasolina.
Vou te deixar na porta de casa. Me diga onde você mora. 
Dependendo de onde seja, ainda da tempo de passar na casa da outra.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sobre o Amor (por Bernard Cornwell)

Em um livro chamado, O Inimigo de Deus, segundo livro da trilogia Crônicas de Artur, escrita por Bernard Cornwell, encontrei uma passagem que representa de forma muito pura o Amor!
É um livro sobre guerreiros e guerras, mas também tem espaço para o Amor!
Aos interessados, procurem essa trilogia. Ela é muito boa!
Vou transcrever integralmente o trecho.

"- O amor?

Olhei-a e disse a mim mesmo que não estava apaixonado por ela, e que seu broche era um talismã apanhado aleatoriamente. Disse a mim mesmo que ela era uma princesa e eu o filho de uma escrava.

- Sim, senhora.

- Você entende essa loucura?

Eu não tinha consciência de coisa alguma na sala, exceto Ceinwyn. A princesa Helledd, o príncipe adormecido, Galahad, as tias, a harpista, nenhum deles existia pra mim, assim como os tecidos pendurados na paredes ou os suportes de bronze das lamparinas. Só tinha consciência dos olhos grandes e tristes de Ceinwyn e de meu coração batendo.

- Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém - ouvi-me dizendo - e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz da pessoa pode fazer seu coração falhar, e que a companhia dessa pessoa é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará sua alma solitária, desolada e perdida.

Ela ficou quieta durante um tempo, apenas me olhando com uma expressão ligeiramente perplexa.

- Isso já lhe aconteceu, lorde Derfel? - perguntou enfim.

Hesitei. Sabia quais eram as palavras que minha alma queria dizer, e sabia as palavras que minha posição deveria me fazer dizer, mas então disse a mim mesmo que um guerreiro não florescia com a timidez, e deixei que a alma governasse minha língua.

- Nunca aconteceu até este momento, senhora. - Foi necessário mais coragem pra fazer essa declaração do que eu jamais necessitara para romper uma parede de escudos.

Ela imediatamente olhou para o outro lado e se sentou empertigada. Eu me xinguei por tê-la ofendido com minha estúpida falta de jeito. Permaneci recostado no divã, com o rosto vermelho e a alma doendo de embaraço enquanto Ceinwyn aplaudia a harpista jogando algumas moedas de prata no tapete ao lado do instrumento. Ela pediu que fosse tocada a Canção de Thiannon.

- Pensei que você não estava escutando, Ceinwyn - provocou uma das tias.

- Estou, Tonwyn, estou, e estou sentindo grande prazer em tudo que ouço. - disse Ceinwyn e de súbito me senti como um homem se sente quando uma parede de escudos desmorona. Só que não ousei confiar nas palavras. Queria; não ousava. O amor é loucura, balançando do êxtase para o desespero num segundo insano."

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ano: 2011/ Banda: The Decemberists


A banda que escolhi essa semana é The Decemberists, o álbum novo deles é o The King Is Dead e essa faixa se chama All Arise!

Toca Móveis Aí!

Se um dia alguém puder me entender... 
Minha intuição não me engana
tudo que parece ser eu, 
é um bocado de alguém. 


A gente se deu tão bem que
eu trago meus sonhos
pra somar aos seus.


Nada existe sem porquê, portanto,
só vim aqui pra agradecer 
o que a gente dividiu. 


Seja lá onde for, 
deixa o Sol te levar, 
tira o lar do lugar, 
vem pra cá
E perca peso agora!

domingo, 10 de julho de 2011

Ano: 2011 / Banda: Yuck

Eu vou tentar fazer uma postagem semanal com músicas de álbuns que estão me agradando neste 2011. A fim de recomendação apenas. Não farei resenha sobre o álbum ou a banda, tô sem saco pra isso.
Começo com Get Away, da banda Yuck, que lançou o álbum homônimo no primeiro semestre deste ano!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Que Ninguém Quer Falar Para Não Perder a Piada

Era uma vez uma princesa que vivia num mundo lindo e cheio de vazio. O pouco que existia no seu mundo a deixava incompleta. Até que num belo dia, a princesa foi ao circo! Ela ficou encantada com tudo que viu, se sentiu parte de algo.
Ela se enturmou com uma trupe de palhaços, ficando amiga de todos. Ela gostou tanto deles que chorou de saudade na sua carruagem enquanto passeava pelo seu reino.
A princesa ficou decidida a reencontrar seus novos amigos queridos para falar de seu reino ou da quantidade de cômodos de seu castelo, confessar segredos e jurar amor eterno.
Em pouco tempo, ela os encontrou. E falou de seu reino, da quantidade de cômodos de seu castelo, confessou segredos e jurou amor eterno.
Acontece que os palhaços estavam muito bem no seu circo, com histórias sobre domadores de feras, mágicos ilusionistas e trapezistas. Não havia interesse nos assuntos do reino. Não havia interesse nos segredos contados. Não havia interesse nas juras de amor. Na verdade, para os palhaços, o que interessava era somente fazer piada. E foi isso que a princesa se tornou. Uma piada.
A princesa continuou a falar de seu reino ou da quantidade de cômodos de seu castelo, confessar segredos e jurar amor eterno. Quanto mais ela se repetia, mais a piada era contada. Até piada foi se tornando mais fora de controle. Mesmo as pessoas que não a entendiam, a contavam. E todos riam. E riam cada vez mais alto.
O triste dessa história é que a princesa não percebeu que tinha virado uma piada. Ou pior, se percebeu, ficou contente em ser piada só para estar no centro das atenções.
Talvez a princesa só precise perceber que os palhaços não querem saber de seu castelo ou de seus segredos para poder pintar seu nariz de vermelho. Talvez seja só ela parar de falar tanto de seu próprio mundo e passar a viver no mundo de todos.
E a verdade, é que na história real não existem princesas, reinos, nem circos. Somente uma menina que se encantou demais e virou piada por um bando de palhaços.