sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Eco-eco-eco-eco

O senso comum é a repetição. Uma repetição do que é dito na TV, postado no facebook, falado pelo líder religioso, determinado por um artista, comentado por um escritor conceituado, tweetado por um intelectual, mencionado numa coluna.
Poucos produzem. Muitos repetem.
Esse é o senso comum.
Essa é a opinião pública.
Daqui a pouco, alguém vai dar uma resposta efusiva à uma pergunta sobre a sensação de impunidade no nosso país.
Que será repetida por pessoas que nem sequer ouviram a pergunta.

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No Mito da Caverna, Platão nos conta sobre um homem que se libertou das correntes da alienação e saiu da caverna em busca da verdade!
Esse homem volta para contar aos homens aprisionados o que viu e é morto.
Grandes merdas de conhecimento... morreu imbecil...
Algum outro homem foi mais esperto...
Saiu, conheceu a verdade e gritou o que quis para dentro da caverna do mito.
E os outros homens ouviram.
E ouviram.
E ouviram.
Ainda presos a alienação, mas pelo menos eles podiam ouvir a verdade.
Repetida pelas paredes eternamente.

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