Então, mais uma listinha de shows, só que dessa vez, estou adicionando também os blocos de Carnaval que foliei.
Eu pretendia ir atualizando a primeira lista com os novos shows, mas acho melhor fazer listas independentes e no fim do ano, fazer uma lista enorme só com as colocações dos espetáculos.
Essa lista vai começar com o show da Banda Tono do dia 01/03 no Odeon, mas não por culpa da banda, que é muito boa, mas sim pelo evento. Foi o irreverente bloco “Me Beija Que Sou Cineasta”, que contou com os shows da já referida banda Tono e da banda Letuce. A proposta era boa, porém, a prática foi um tanto desastrosa, o evento foi válido pelas risadas de vergonha alheia que ele arrancava, mas o som do Odeon estava horrível. Tanto que não conseguia ouvir a voz da Ana Cláudia, vocalista da banda, o que tirou o brilho de muitas músicas do Tono. Enfim, esse show da banda Tono foi para a última posição, mas a banda vai receber uma posição mais digna mais a frente.
E voamos para o Bloco da Orquestra Voadora, que, apesar de eu consideram uma orquestra sensacional, escolheu muito mal o repertório do bloco que saiu na terça de Carnaval, dia 08/03. Começou muito bem, com o “Beat It” do eterno MJ, mas seguiu com música pouco/nada conhecidas. Quando estava se aproximando do MAM, o bloco deu uma levantada com “Aquarius”, “Billie Jean” e outras mais animadas. Mas, ainda sim, depois de mais de uma hora de músicas para baixo, a altura máxima que a Voadora alcançou foi a penúltima posição dessa lista.
Agora, vou jogar um tomate no show do Paulinho Moska, dia 10/02, que foi repleto de reclamações e se não fosse pelo repertório excelente e pela qualidade musical do artista, ele teria posições a menos. A participação da Tulipa Ruiz cantando Efêmera em dueto com o Paulinho Moska foi sensacional. Maria Gadu também subiu ao palco e mandou muito bem. Já Mart’nália... parecia uma bêbada (fui muito bonzinho pelo “parecia”), fazendo gestos bizarros e cantando as músicas de um jeito próprio (“de um bêbado”). Enfim, essa lista foi disputada, então, ta aí, Moska no antepenúltimo lugar.
Um show muito divertido: Rubinho Jacobina! Eu não conhecia praticamente nenhuma música do cara e saí muito satisfeito do espetáculo. O Teatro Rival quase vazio foi algo que tornou o show uma experiência mais intimista, o que achei muito injusto, pois um artista com o gabarito (e conforme diz o meu amigo Cesar, com o rebolado) do Rubinho devia estar enchendo a casa. Eu daria mais posições a ele, mas agora, eu vou ter que me matar num jeito de ordenar as próximas posições.
Lá vamos nós para a posição merecida do Tono. A banda fez um show muito intimista (segunda vez que uso essa palavra e creio que será a última) no Oi Futuro no dia 22/02. Para começar, a banda é uma coisa. O flautista toca teclado ao mesmo tempo em que toca flauta (ou seria o tecladista toca flauta ao mesmo tempo em que toca teclado?). O baterista e, ao mesmo tempo, vocalista Rafael Rocha lidera a banda de um jeito bem extrovertido. A guitarra muito bem representada por Bem Gil, filho de um dos próximos colocados (duvido adivinhar quem é). O ponto fraco do show é só um: a falta de carisma da vocal feminino, Ana Cláudia. Ela tem uma voz bonita, essencial para a banda, mas falta a ela presença de palco que sobra nos demais integrantes. Por essas e outras, Tono não passa daqui nessa lista.
O Cordão do Boitatá salvou minha terça de Carnaval que a Orquestra Voadora não levou pro alto. Um dos meus blocos favoritos por aliar marchinhas com músicas conhecidas, tocando “Máscara Negra”, “Noite dos Mascarados” e “Is This Love” no mesmo repertório agradando aos mais conservadores e aos mais liberais. E nesse espetáculo ainda ouve a ilustríssima presença de Dona Ivone Lara, cantando seus sucessos, emocionando muitas pessoas. O que não voei com a Voadora, voei com o Boitatá!
Segue a lista com Gilberto Gil. Eu fui ao show meio ressabiado, pois soube que o trabalho da turnê do Gil girava em torno da temática de festas juninas. Eu não sou o maior fã de festa junina do planeta e achei que um show inteiro com essa temática seria bem cansativo para mim. Fui ao show e saí o maior fã de festa junina do planeta. A banda Fé Na Festa do Gil é um show a parte, fiquei dezessete vezes arrepiado com os solos instrumentais, a presença de palco do cara é uma coisa de louco. Dá pra entender porque ele continua sendo um dos grandes músicos brasileiro até hoje.
Um dia, três ótimos shows. Dia 11/02. Dois dos três aparecem agora, o outro daqui a algumas posições. Maglore, banda baiana, com lindas canções, que você conheceu pela internet, vindo pela primeira vez no Rio de Janeiro, tocando num estúdio-garagem: Show marcante! O lugar era muito quente e os maglores estavam exauridos de tanto calor, com algumas brincadeiras a respeito disso e tudo mais. Definitivamente, é uma banda com letras grudentas e que PRECISA fazer sucesso. O pop-rock independente da banda agradou ao público de fãs que aguardam pelo retorno da banda numa casa um pouco mais arejada.
Argentinos na área. A banda Tremor abalou (com o perdão do trocadilho) o estúdio-garagem no qual tocou também a Maglore. Ninguém esperava nada da banda. E todos tiveram uma surpresa agradabilíssima com o instrumental eletro-percussionado dos hermanos. O público ficou embasbacado e curtiu com a banda.
Quem abriu oficialmente meu Carnaval foi o show do bloco Mulheres de Chico. Eu sei que usar Chico Buarque é macete, mas elas honraram o homenageado. Repertório muito bem escolhido (se tivesse tocado Jorge Maravilha ganhava mais uma posição, fala logo...) para fazer o público cantar e dançar. Musicalmente, são excepcionais, mandando muito bem na percussão e nas cordas. Como diria a Fernanda Abreu, Mulheres de Chico, é isso aí!
SARGENT PEPPERS LONELY HEARTS CLUB BAND! Esse foi o Bloco Sargento Pimenta que saiu pelo primeiro ano interditando ruas cantando Beatles em ritmo de Carnaval. Ver uma multidão cantando Hey Jude em pleno Carnaval , suposta festa do samba e axé, foi muito emocionante para uma pessoa como eu! Além disso, covers de Yellow Submarine e outros clássicos do quarteto de Liverpool ficaram muito bem como marchinhas. Mais blocos deviam aderir à beatlemania.
Eu não tenho mais tanto a escrever. Vou fazer uma pausa para dormir antes de falar dos três primeiros. Imperial, Cru e Tulipinha. Não necessariamente nessa ordem...
ZzZzZzZ
Ok, já acordei. Vamos continuar de onde paramos...
E o Bronze vai para: Orquestra Imperial! Para mim, a orquestra devia sempre mandar marchinhas de Carnaval no repertório, porque o especial de Pré-Carnaval que eles estavam fazendo no Circo foi sensacional! Tinha vários motivos para ser bom: o show foi numa terça-feira, e terça é o dia de celebrar a vida, foi aniversário da Super-Bianca, o presente-missão foi completado com sucesso... Eu podia ficar tecendo adjetivos positivos continuamente, mas tenho mais dois artistas para comentar.
KILING IN THE NAME OF… CRU! O que foi o bloco de Carnaval do Cru? Clássicos do Rock em versão carnavalesca? Comassim? Cindy Lauper/Cindy Lopes, Banda BOLO, AC/DC, tudo com o ritmo da batucada... pode isso, Arnaldo? CLARO QUE PODE! Cartão vermelho para quem não curte! O bloco lotou a Rua da Matriz, em Botafogo, e eu tava lá, na cara do Gol, de frente para a SUA LINDA, Lu Baratz! O Melhor Bloco! Incomparável! Quem acha que Carnaval é só axé e samba, não conhece o Bloco Cru!
E o Ouro vai para a Tulipa Ruiz e meu único comentário sobre o show será: “Yeeey!” com um soquinho no ar.
Assim eu fecho a minha segunda lista:
14: Tono no Odeon, dia 01/03;
13: Orquestra Voadora no Aterro do Flamengo, dia 08/03;
12: Paulinho Moska no Parque Garota de Ipanema, dia 10/03;
11: Rubinho Jacobina no Teatro Rival, dia 12/02;
10: Tono no Oi Futuro, dia 22/02;
9: Cordão do Boitatá no Palco da Lapa, dia 08/03;
8: Gilberto Gil no Verão do Rio, Marina da Glória, dia 18/02;
7: Maglore na Áudio Rebel, dia 11/02;
6: Tremor na Áudio Rebel, dia 11/02;
5: Mulheres de Chico no Palco da Lapa, dia 04/03;
4: Bloco Sargento Pimenta na Rua Visconde de Caravelas, dia 07/03;
3: Orquestra Imperial no Circo Voador, dia 15/02;
2: Bloco Cru na Rua da Matriz, dia 06/03;
1: Tulipa Ruiz no Parque Garota de Ipanema, dia 11/02.
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